Foto:Germano Rorato (Arquivo Diário)
Seco foi absolvido pelo Tribunal do Júri na última sexta-feira por situação ocorrida em 2016
Um dos principais assaltantes de banco do Estado e condenado a mais de 200 anos de prisão, o réu José Carlos dos Santos, conhecido como Seco, 45 anos, foi absolvido pelo Tribunal do Júri de Santa Maria da acusação de participação no assassinato de Taís Cristina Menezes Godoi, 27 anos. O crime aconteceu em 3 de novembro de 2016, no Bairro Presidente João Goulart.
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O julgamento de Seco ocorreu na última sexta-feira (28), no Fórum, com mais de 10 horas de sessão. A sentença de absolvição foi lida pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal. O Conselho de Sentença foi formado por três mulheres e quatro homens. A acusação ficou a cargo do promotor Davi Lopes Rodrigues Júnior.
A denúncia sustentava que Seco teria ordenado o homicídio de dentro do sistema prisional, onde está recolhido há 19 anos. Dois outros réus, apontados como executores, já haviam sido condenados pelo homicídio em julgamento anterior.
Seco foi defendido no júri pelo advogado Jean Severo.
Seco está preso desde 2006. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele foi identificado como líder de uma quadrilha responsável por assaltos a bancos e carros-fortes no Estado e, à época, era considerado o criminoso mais procurado do Rio Grande do Sul. Atualmente, ele cumpre a pena de mais de 200 anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), na galeria vinculada à facção criminosa Bala na Cara.

Relembre o caso
Taís Godoi foi morta por volta da 1h de 3 de novembro de 2016, na Rua Antônio Abrahão Berleze, na área conhecida como Beco da Tela, em Santa Maria. A jovem foi atingida com pelo menos 14 tiros de pistola dentro de casa. O crime aconteceu na frente dos três filhos de Taís.
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De acordo com relatos da época, Taís havia passado a noite na residência do pai, no mesmo terreno, assistindo a uma partida de futebol com ele e os filhos. Pouco depois de retornar à própria casa, foram ouvidos os tiros.
O pai encontrou a filha caída no pátio que conecta as duas residências. Ela chegou a ser levada para atendimento médico, mas não resistiu.
A Brigada Militar informou, na ocasião, que a vítima estava em prisão domiciliar e tinha histórico de envolvimento com tráfico de drogas. A suspeita inicial apontava que a motivação do crime estaria relacionada a disputas ligadas ao tráfico. Mesmo preso, Seco teria ordenado a morte de Taís.
O Ministério Público deve apresentar recurso contra a decisão do júri nos próximos dias.